domingo, 7 de outubro de 2012

UTAD - Demissão de Membros Externos do CG

Recolhi no blog "UM para todos", via blog "Novos Desafios, Novos Rumos", esta notícia datada de 1 de Outubro:
Cinco personalidades externas à UTAD cessaram os seus mandatos como membros do Conselho Geral, afirmando não poder exercer o cargo de forma condigna e eficaz.
Cinco dos seis membros cooptados do Conselho Geral da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro apresentaram demissão este sábado. O comunicado apresentado para justificar a cessação dos mandatos afirma haver «bloqueios, por ação ou omissão», por parte das «estruturas a quem competiria considerar, desenvolver e pôr em prática as orientações emanadas do Conselho Geral», que «não deram sequência útil e concreta às medidas de adaptação e de mudança que foram sendo apresentadas».
O grupo, composto por personalidades com reconhecido mérito externas à instituição, é composto pelo embaixador Francisco Seixas da Costa, pelo ex-ministro da Educação e antigo reitor da U.Aveiro Júlio Pedrosa, António Rios Amorim, presidente da Corticeira Amorim, António Martinho, presidente da Turismo do Douro, e Jorge Dias, diretor da Porto Cruz.

Em resposta ao Canal Superior, Francisco Seixas da Costa, que era também Presidente do Conselho Geral da UTAD, afirma que «não é possível estar a detalhar as muitas horas de discussões havidas em sede de Conselho Geral, ao longo dos anos». De acordo com o embaixador de Portugal na França, que é natural de Vila Real, os membros do Conselho Geral «conhecem muito bem as preocupações que estiveram subjacentes a este nosso gesto».
Os representantes censuram a «inércia interna» dentro da instituição, que consideram lesiva mas «porventura eficaz na proteção de alguns interesses específicos que hoje parecem dominá-la». A UTAD é ainda acusada de fazer «uma mera 'navegação à vista', apoiada numa retórica sem substância, com os constrangimentos financeiros a servirem de alibi para uma mera condução tática do quotidiano, que não olha de frente o futuro e que parece apenas temê-lo».
Com assento no Conselho Geral da UTAD para contribuírem com a sua experiência profissional no órgão de gestão estratégica da instituição, os membros cooptados defendem que «a UTAD tem imperativamente que mudar, tem de reduzir e concentrar a sua oferta educativa, tem de reconverter drasticamente a sua ridícula panóplia de unidades curriculares, tem de assumir uma política de contratações com extremo rigor, transparência e equilíbrio, tem de saber concentrar-se naquilo que se sabe ser o essencial do seu projeto».

O novo Conselho Geral da UTAD deverá ser eleito em dezembro, de acordo com as informações avançadas por um responsável do CG. Até lá, não deverão ser tomadas decisões estratégicas pelo órgão em gestão.
É para mim  uma surpresa esta notícia e revela, desde logo. que os membros dos conselhos gerais, desde logo os externos, não são necessariamente  meros elementos decorativos. Sempre os vi com muito interesse desde que bem escolhidos.
Não tenho elementos para fazer um juízo sobre este pedido de demissão colectiva mas vou  querer saber mais detalhadamente o que se tem passado na UTAD, porque não é só à UTAD que isso interessa.